sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Todas as Guerras

Ninguém quer guerras. Todos defendem a paz. Fica bem apelar a um cessar-fogo que todos sabem que não vai existir nos próximos dias, mas fica bem. Fica bem ir a Israel, pousar para a câmara e apelar à paz e ao entendimento. A hipocrisia sempre me fez espécie, mais ainda quando se instrumentaliza em temas tão delicados.

Ninguém quer a guerra (frase fácil quando a guerra não é nossa, mas todas as guerras são nossas), mas eu ando farto de uma paz fingida. De uma vida que finge ser vida, de uma liberdade que finge ser liberdade. Luís Amado disse: “não aponto o dedo a ninguém”. Eu preferia que tivesse dito “aponto o dedo a todos. A todos nós, porque nós (aqueles que pensamos que a guerra não é nossa) somos os principais culpados.